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Montadoras alertam que tarifas de Trump vão elevar preço dos automóveis

 

Grandes fabricantes advertem que alta das taxas sobre o aço e o alumínio vão aumentar os custos de produção e, consequentemente, o valor final dos produtos.

 

SAO CAETANO DO SUL/SP 27-05-2010 ECONOMIA NEGOCIOS GM LINHA DE PRODUCAO DA GENERAL MOTORS FOTO Mauricio Pavan/GM

 

As grandes montadoras têm alertado o presidente dos EUA, Donald Trump, que o aumento das tarifas sobre o aço e o alumínio vão elevar os preços de automóveis. Na semana passada, Trump anunciou que o país irá taxar em 25% e em 10% a importação de cada mercadoria, respectivamente.

Em comunicado, a Honda classificou as tarifas como “imprudentes” e informou que o aumento elevará os preços dos produtos nacionais e importados, causando “um encargo financeiro desnecessário” para seus clientes.

Já a Ford explicou que, embora compre a maior parte dos materiais em solo americano, a medida “poderia resultar em uma alta de preços das commodities domésticas”. Isto, segundo a montadora, prejudicará a competitividade dos fabricantes americanos.

Em janeiro, a Ford já havia se pronunciado contra a medida, que, de acordo com a fabricante, traria impacto negativo nos ganhos da empresa já este ano.

Segundo a Toyota, as “tarifas substanciais” ao aço e ao alumínio afetarão não só as montadoras, como também os fornecedores do setor automotivo e os consumidores. A montadora japonesa informou que a decisão aumentará os custos de produção e, consequentemente, os preços dos veículos.

A Global Automakers, grupo comercial que representa as montadoras estrangeiras, comunicou que “os investimentos destinados a novos produtos e fábricas serão canalizados para pagar o aumento dos preços do aço e do alumínio”. Segundo o grupo, “existem outras formas mais adequadas para auxiliar a indústria americana de aço e alumínio”.

O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, minimizou o impacto para a indústria automotiva. Em entrevista ao canal CNBC, ele afirmou que o elevação das tarifas vai representar um aumento de apenas 0,5% no preço final em um carro médio no valor de US$ 35 mil (cerca de R$ 114 mil).

 

Fonte: Jornal do Carro